segunda-feira, 5 de maio de 2008

A Gestão da Diversidade nas Empresas


“... Pare e perceba como seu dia-a-dia mudou
Mudaram os horários, hábitos, lugares
Inclusive as pessoas ao redor
São outros rostos, outras vozes
Interagindo e modificando você
E aí surgem novos valores
Vindos de outras vontades
Alguns caindo por terra
Pra outros poderem crescer...”
(Pitty)


As mudanças que vem ocorrendo nos campos político, social, econômico e tecnológico, vêm afetando diretamente as formas de relação no trabalho, com isso a necessidade do gerenciamento da diversidade se tornou fundamental, pois saber lidar com as diferenças é um diferencial competitivo muito importante para as organizações.

De acordo com Oliveira e Rodriguez (2004) num ambiente competitivo que impõe às empresas novos desafios e demandas, a produtividade, a inovação e compromisso social são requisitos para o sucesso e para a sustentabilidade dos negócios. Dessa forma, cada vez mais, a Gestão da Diversidade tem sido estimulada pelas organizações e os motivos vão desde a responsabilidade social até a tentativa de tornar o ambiente mais inovador, pela aglutinação de perfis, formações, raça, idade, gênero e experiências diferentes.


Entende-se por Diversidade a maneira como às diferenças e semelhanças entre as pessoas podem ser mobilizadas em benfeitoria dos indivíduos, da empresa e da sociedade.

Ashley (2005 p. 5) afirma que “hoje em dia as organizações precisam estar atentas não só a suas responsabilidades econômicas e legais, mas também a suas responsabilidades éticas, morais e sociais”. Segundo ela, a responsabilidade social engloba responsabilidades éticas em atividades que visam atender aquilo que os diversos públicos com os quais as empresas se relacionam, consideram legítimo ou que estejam ligados aos seus direitos e expectativas. Em meio a esse avanço da preocupação com a responsabilidade social, outro tema ganha destaque na esfera organizacional é a “Gestão da Diversidade”.


Gerir a Diversidade significa considerar as diferenças das pessoas que compõem uma organização, criando uma unidade, de forma a que os vários indivíduos se possam identificar nela, apoiando um sistema organizacional que permita gerir os recursos humanos existentes de modo a maximizar a sua habilidade para perceber e contribuir para a concretização dos objetivos da empresa, atingindo o seu potencial máximo sem haver discriminação de sexo, nacionalidade, idade etc. Para atingir este objetivo deve ser feito um reajuste da cultura organizacional, valores, sistemas e processos de forma a utilizar o capital humano da melhor forma possível (ULRICH, 2003).


Segundo O manual da diversidade do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social (2002) “Ao estimular a diversidade e atuar contra a discriminação, a empresa está fortalecendo o respeito mútuo entre as pessoas, o reconhecimento de suas particularidades e o estímulo à sua criatividade e cooperação”.

Acredita-se que ainda existem muitos desafios à transformação social e a inclusão efetiva das práticas de diversidade nas organizações em geral, isso mostra o grau de responsabilidade do gestor assegurando o melhor aproveitamento dos empregados, proporcionando um ambiente com altas taxas de inovação e criatividade, levando a empresa a alcançar os resultados desejados.


Referências:

INSTITUTO ETHOS.
Como as empresas podem (e devem) valorizar a diversidade. São Paulo: Instituto Ethos, 2000. (Maiores informações no menu ao lado no link "Manual da Diversidade - Instituto Ethos").
MONACO; Felipe de Faria et al. Administração de recursos humanos e as práticas de diversidade nas organizações: um estudo exploratório-descritivo. Santa Catarina, 2007.
OLIVEIRA; RODRIGUEZ. Gestão da diversidade: além de responsabilidade social, uma estratégia competitiva.
ULRICH, DAVE. (2003). Os Campeões de Recursos Humanos: Inovando para obter os melhores resultados. 8ª edição. Futura. São Paulo.